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mulher negra sentada trabalhando com notebook apresentando a Desigualdade de gênero

Desigualdade de gênero no mercado de trabalho brasileiro

A desigualdade de gênero no mercado de trabalho é um fato comprovado por dados em todo o mundo. 

Ainda que avanços possam ser notados, as diferenças entre homens e mulheres dentro do mercado de trabalho, assim como as diferenças salariais, são gritantes e ainda precisam melhorar bastante. 

Nesse artigo, você entenderá melhor sobre o cenário da desigualdade de gênero no mercado de trabalho no Brasil e ainda aprenderá formas de tornar a sua empresa mais diversificada! Continue a leitura…

O que é a desigualdade de gênero?

A desigualdade de gênero refere-se às disparidades e injustiças sistêmicas que ocorrem entre pessoas com base em seu gênero. Essas desigualdades podem se manifestar em diversos aspectos da vida, incluindo social, econômico, político e cultural. Geralmente, as mulheres têm sido historicamente mais afetadas pela desigualdade de gênero, embora homens também possam enfrentar estigmatização em determinadas situações. Exemplos de desigualdade de gênero incluem:
  • Salários e Oportunidades no Trabalho: Mulheres muitas vezes recebem salários mais baixos do que homens por realizar o mesmo trabalho. Além disso, podem enfrentar barreiras para avançar em suas carreiras.
  • Educação: Em algumas partes do mundo, meninas podem ter menos acesso à educação em comparação com os meninos. Estereótipos de gênero também podem influenciar a escolha de campos de estudo e carreiras.
  • Violência de Gênero: As mulheres frequentemente enfrentam violência física, sexual ou emocional com base em seu gênero. O assédio sexual e a violência doméstica são formas comuns de manifestação dessa desigualdade.
  • Participação Política: As mulheres podem estar sub-representadas na política e em cargos de liderança, refletindo desigualdades no poder e na tomada de decisões.
  • Cuidado Não Remunerado: As mulheres muitas vezes assumem a maior parte do trabalho doméstico e do cuidado não remunerado, o que pode limitar suas oportunidades em outros aspectos da vida.
Essas desigualdades não são naturais, mas sim construções sociais e culturais que podem ser desafiadas e superadas por meio de ações afirmativas, políticas inclusivas e mudanças culturais. A promoção da igualdade de gênero é um objetivo global essencial para alcançar sociedades mais justas e equitativas.
 

Desigualdade de gênero e mercado de trabalho no Brasil contemporâneo:

Você sabia que quando se trata de desigualdade de gênero no Brasil, dados seguem as estatísticas mundiais?

Infelizmente essa desigualdade no trabalho é real, as mulheres seguem ganhando menos que homens quando analisamos a atuação nos mesmos cargos e, além disso, estatisticamente, elas ocupam cada vez menos cargos gerenciais, ainda que o nível de escolaridade das mulheres no Brasil seja maior do que o dos homens.

Segundo a pesquisa Estatísticas de Gênero, entre pessoas do gênero masculino, 21,5% deles frequentaram o ensino superior. Já entre as mulheres, a taxa é de 29,75%. Veja mais a respeito nesta publicação que fala sobre as dificuldades da mulher no mercado de trabalho

A desigualdade de gênero no trabalho é tão significativa, que segundo o relatório Global Gender Gap Report (Relatório Global Sobre a Lacuna de Gênero), o país ocupa a 130ª posição em igualdade de salário. 

Desigualdade no mercado de trabalho feminino

A situação de desigualdade no mercado de trabalho feminino é ainda pior no caso de mulheres negras. Dados do IBGE (2019) relatam que uma mulher negra recebe cerca de 44,4% – menos da metade – da renda média dos homens brancos, que de acordo com o mesmo estudo, são o perfil de maior renda média no país.

A desigualdade no mercado de trabalho feminino é um problema global que se manifesta em diversos países, inclusive no Brasil. De acordo com o relatório “Mulheres no Mercado de Trabalho 2022” da Organização Internacional do Trabalho (OIT), as mulheres representam 48,5% da força de trabalho global, mas ainda enfrentam uma série de desafios, como:

  • Diferença salarial: as mulheres ainda ganham menos do que os homens para o mesmo tipo de trabalho. No Brasil, a diferença salarial é de 20%, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua).

  • Discriminação: as mulheres são frequentemente discriminadas no mercado de trabalho, sendo preteridas para cargos de liderança ou sendo submetidas a assédio moral ou sexual.
  • Falta de oportunidades: as mulheres ainda enfrentam barreiras para ingressar no mercado de trabalho, como a falta de qualificação ou a necessidade de conciliar o trabalho com as responsabilidades familiares.
Estudo mostra desigualdade de gênero no mercado de trabalho: ter filhos pequenos e o maior envolvimento no trabalho não remunerado são fatores que contribuem para explicar a menor participação das mulheres no mercado de trabalho (Fonte: IBGE 2019)

Estudo mostra desigualdade de gênero no mercado de trabalho: ter filhos pequenos e o maior envolvimento no trabalho não remunerado são fatores que contribuem para explicar a menor participação das mulheres no mercado de trabalho (Fonte: IBGE 2019)

As causas da desigualdade no mercado de trabalho feminino são complexas e envolvem fatores históricos, culturais e socioeconômicos. O machismo, que é a crença na superioridade dos homens sobre as mulheres, é um dos principais fatores que contribuem para essa desigualdade.

As consequências da desigualdade no mercado de trabalho feminino são graves, pois impedem que as mulheres tenham as mesmas oportunidades que os homens e contribuem para a pobreza e a exclusão social.

O impacto da pandemia na desigualdade de gênero

Em 2020, a pandemia da Covid-19 teve seu estado de maior alerta mundial e afetou as pessoas de diversas formas: físicas, psicológicas, financeiras, dentre outras. 

No caso das mulheres, os impactos dos períodos de isolamento, lockdown e a crise econômica foram ainda mais severos em relação ao campo financeiro e do trabalho. 

Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV-IBRE), comandado pela pesquisadora Janaína Feijó, mostrou uma queda na inserção das brasileiras no mercado de trabalho. No ano de 2019, a taxa de participação foi de 54,3% e em 2021, caiu para 51,5%. 

Essa desigualdade de gênero no trabalho se torna ainda mais perceptível quando comparamos a presença feminina em relação à masculina. 

De acordo com o mesmo estudo, atualmente homens têm uma participação de pouco mais de 71%, ou seja, a presença das mulheres é cerca de 20% inferior.

Dados divulgados pela ONG Think Olga também demonstram que a participação feminina no mercado de trabalho retrocedeu em 30 anos durante a pandemia. Isso porque diversos setores com alta empregabilidade de mulheres foram historicamente impactados, como educação, serviços domésticos e educação.

As circunstâncias da pandemia podem ser entendidas como fatores que tiveram grande peso nas diferenças apresentadas. Além da dupla jornada de trabalho, que já é uma discussão de enorme relevância há muito tempo, durante a pandemia, as tarefas domésticas e os cuidados de crianças, por exemplo, aumentaram ainda mais a sobrecarga sobre muitas mulheres.

Tipos de desigualdade de gênero

Existem diversas formas de manifestação da desigualdade de gênero no mercado de trabalho brasileiro e na sociedade.

Dentro das empresas, temos alguns exemplos:

  • disparidade salarial que ainda persiste — apesar de proibida pela legislação trabalhista; 
  • ocorrência de assédios; 
  • comportamentos sexistas, como mansplaining, manterrupting e bropriating.

Além disso, ainda existe o “teto de vidro”, termo que designa a dificuldade imposta às mulheres para crescerem na carreira.

Em diferentes setores da sociedade, o machismo aparece da mesma maneira. A política é um exemplo disso: apenas 15% das cadeiras são ocupadas por mulheres na atual legislatura da Câmara Federal.

Em carreiras normalmente associadas aos homens (e que pagam maiores salários, como engenharia e tecnologia da informação), elas também são minoria.

Apesar de ocuparem a maior parte das vagas universitárias no Brasil, as mulheres ainda não têm acesso às melhores oportunidades de trabalho e renda.

*Desigualdade de gênero e racial no mercado de trabalho

Como falamos, o quadro da desigualdade de gênero no mundo do trabalho fica ainda pior quando falamos de mulheres negras.

Segundo uma pesquisa da PNADC/IBGE, das 48,8 milhões de mulheres negras em idade para trabalhar, somente 51,5% estão no mercado de trabalho.

Elas sofrem preconceito duplo, já que, além do preconceito de gênero, ainda sofrem com o racismo, que também está impregnado na sociedade. A pesquisa de 2022, inclusive, ainda revelou que as negras recebiam menos da metade do que os homens brancos e cerca de 60% do rendimento médio das mulheres brancas/amarelas.

Em seu discurso no Emmy, a Viola Davis, atriz e produtora norte-americana, disse em seu discurso: 

“A única coisa que diferencia as mulheres negras de qualquer outra pessoa é a oportunidade”

Hoje, 63% das casas chefiadas por mulheres negras estão abaixo da linha da pobreza, de modo que elas possuem bem menos acesso a oportunidades — e, infelizmente, quando tem, ainda precisam enfrentar o grande preconceito do mercado. 

O desafio da maternidade no mercado de trabalho

Outro ponto que destaca a desigualdade de gênero no mercado de trabalho são dados do IBGE que analisaram a porcentagem de mulheres e homens com filhos de até 3 anos em relação a pessoas sem filhos.

Os resultados obtidos apontaram que mulheres que são mães de crianças de até 3 anos e estão empregadas, representam 54,6% do total, o que é um percentual inferior àquelas que têm filhos dependentes e mais velhos. Estas últimas representam 67,2%.

No entanto, o cenário em relação aos homens é completamente diferente. O oposto, na verdade. Homens que vivem com crianças de até 3 anos têm uma porcentagem registrada de ocupação equivalente a 89,2%. Os que não têm filhos nessa idade representam 83,4%.

Ou seja, para as mulheres, ter filhos influencia muito, até mesmo no processo de contratação. É importante salientar que as porcentagens apresentadas acima, se referem apenas a brasileiros e brasileiras que têm filhos. Uma possível explicação para isso, segundo especialistas, é o fato de que a responsabilidade de cuidado dos filhos é atribuída quase que unicamente à mulher.

Portanto, muitas corporações, ao se depararem com mães nos processos seletivos, já associam isso a uma maior possibilidade de ter que se ausentar para cuidados com a criança. Enquanto isso, por não serem tão social e historicamente responsabilizados pelo cuidado de seus filhos quanto as mulheres, homens são praticamente isentados da relevância desse fator em um momento de contratação.

Além disso, o fato de que mulheres estão sujeitas a engravidar e se ausentarem de seus cargos em função de licenças maternidades é outro fator que influencia muitas pessoas a optarem pela não contratação feminina, aumentando ainda mais a desigualdade de gênero no mercado de trabalho no nosso país.

Uma dificuldade adicional para inserção no mercado pode ser observada a partir do recorte racial. As mulheres pretas ou pardas com crianças de até 3 anos apresentaram os menores níveis de ocupação, inferiores a 50%, enquanto as brancas registraram um percentual de 62,6% (dados do IBGE).

Causas e consequências da desigualdade de gênero

As causas da desigualdade de gênero possuem raízes históricas. Passando pela formação patriarcal da nossa sociedade, que sempre privilegiou os homens, e pela divisão histórica do trabalho, que relegou às mulheres o trabalho doméstico e de cuidado dos filhos. Falamos bastante sobre isso neste outro artigo, clique e confira!

As consequências dessa desigualdade também são bastante conhecidas. Ainda hoje, mulheres vivem em relações abusivas, por dependência financeira e emocional.

As mulheres também podem acabar com baixa autoestima, maior propensão a desenvolver depressão (não apenas por fatores hormonais, mas também sociais), entre diversas outras consequências graves.

Para empresas, também existem consequências negativas. 

Primeiro, com todos ou a maioria dos colaboradores com o mesmo padrão, as novas ideias dentro da corporação podem ser apenas “mais do mesmo”, já que a realidade das pessoas são parecidas. Por isso, investir em diversidade permite que a empresa traga mais conhecimento de mundo para a organização e, consequentemente, mais resultados.

Além disso, clientes compram, principalmente, com quem eles se identificam. Considerando que mais da metade da população é composta pelo sexo feminino, a organização pode deixar de atrair novos consumidos pela sua desigualdade no quadro de funcionários.

Para completar, os próprios consumidores, em geral, estão cobrando mais representatividade dos negócios. Inclusive, em 2022, uma grande empresa do ramo dos investimentos foi alvo de polêmica nas redes sociais após publicar uma foto da equipe, a qual era composta, majoritariamente, por homens brancos. 

Como resolver o problema da desigualdade de gênero no mercado de trabalho?

A resolução do problema da desigualdade de gênero no mercado de trabalho não é uma tarefa fácil, requer esforços coordenados em níveis individual, organizacional e governamental. Conheça algumas estratégias e ações que podem contribuir para mitigar essa desigualdade:

  1. Equidade Salarial: Garantir que homens e mulheres recebam salários justos por trabalhos equivalentes. Realizar auditorias salariais para identificar e corrigir disparidades salariais de gênero.
  2. Promoção da Diversidade e Inclusão: Implementar políticas que promovam a diversidade de gênero nas organizações, incluindo a criação de ambientes inclusivos, programas de mentoria e ações afirmativas.
  3. Flexibilidade no Trabalho: Oferecer políticas flexíveis de trabalho, como horários flexíveis, trabalho remoto e licença parental, para apoiar a conciliação entre vida profissional e pessoal.
  4. Combate ao Assédio e Discriminação: Desenvolver políticas rigorosas contra o assédio sexual e a discriminação de gênero. Promover uma cultura organizacional que repudie tais comportamentos.
  5. Igualdade de Oportunidades de Carreira: Assegurar que homens e mulheres tenham acesso igual a oportunidades de promoção e desenvolvimento de carreira. Implementar práticas de recrutamento e seleção que minimizem vieses de gênero.
  6. Educação e Conscientização: Promover programas de educação e treinamento sobre igualdade de gênero para conscientizar funcionários, gestores e lideranças sobre os desafios e benefícios da equidade de gênero no ambiente de trabalho.
  7. Licença Parental Equitativa: Implementar políticas de licença parental que sejam equitativas para homens e mulheres, incentivando a divisão igualitária das responsabilidades familiares.
  8. Participação Governamental: Apoiar e implementar políticas governamentais que promovam a igualdade de gênero, como legislações sobre licença-maternidade e paternidade, além de garantir a aplicação efetiva dessas políticas.
  9. Monitoramento e Avaliação: Realizar monitoramento constante das práticas de igualdade de gênero nas organizações, identificando áreas de melhoria e avaliando o progresso ao longo do tempo.

A abordagem para resolver a desigualdade de gênero no mercado de trabalho deve ser multifacetada e envolver a colaboração de diversas partes interessadas, incluindo empresas, governos, organizações da sociedade civil e a própria sociedade. O comprometimento com a equidade de gênero contribui para ambientes de trabalho mais justos, inovadores e produtivos.

Como promover a igualdade de gênero no mercado de trabalho?

Promover a igualdade de gênero no mercado de trabalho é um esforço contínuo que requer ações abrangentes em diversas áreas. Aqui estão algumas estratégias para promover a igualdade de gênero no ambiente profissional:

  1. Políticas de Diversidade e Inclusão: Desenvolver e implementar políticas de diversidade e inclusão que visem à equidade de gênero. Estabelecer metas e indicadores para avaliar o progresso.
  2. Equidade Salarial: Realizar auditorias salariais para identificar e corrigir disparidades salariais de gênero. Garantir que homens e mulheres recebam remuneração justa por trabalhos equivalentes.
  3. Flexibilidade no Trabalho: Oferecer políticas flexíveis de trabalho, como horários flexíveis, trabalho remoto e licença parental, para promover a conciliação entre vida profissional e pessoal.
  4. Desenvolvimento de Lideranças Femininas: Implementar programas de desenvolvimento e mentoria voltados para mulheres, visando capacitá-las para cargos de liderança e estimular sua ascensão na carreira.
  5. Combate ao Assédio e Discriminação: Estabelecer políticas claras contra o assédio e a discriminação de gênero. Fomentar uma cultura organizacional que promova o respeito e a igualdade.
  6. Inclusão de Homens na Conversa: Incentivar a participação ativa de homens nas discussões sobre igualdade de gênero. A promoção da igualdade é uma responsabilidade de toda a sociedade, não apenas das mulheres.
  7. Treinamento em Conscientização de Gênero: Implementar programas de treinamento para conscientizar os colaboradores sobre questões de gênero, promovendo uma cultura organizacional mais inclusiva.
  8. Revisão de Políticas de Recrutamento: Avaliar e ajustar as práticas de recrutamento para minimizar vieses de gênero. Garantir que as oportunidades de carreira sejam oferecidas igualmente a homens e mulheres.
  9. Promoção da Licença Parental Compartilhada: Incentivar a licença parental compartilhada, proporcionando oportunidades iguais para homens e mulheres cuidarem de suas responsabilidades familiares.
  10. Participação em Iniciativas Externas: Participar de iniciativas externas que promovam a igualdade de gênero, colaborando com organizações e movimentos sociais voltados para essa causa.
  11. Avaliação Regular e Ajustes: Realizar avaliações regulares das políticas e práticas implementadas, ajustando-as conforme necessário. Manter um comprometimento contínuo com a melhoria da igualdade de gênero.

5 formas de tornar sua empresa mais inclusiva e diversificada

Para reduzir o problema da desigualdade de gênero no mercado de trabalho, não basta apenas ter consciência do problema. É preciso implementar medidas na organização!

A seguir, confira algumas dicas de como tornar a sua empresa mais inclusiva:

1 – Procure o diagnóstico para o seu negócio

Como é o quadro de funcionários da corporação? Todos possuem acesso às mesmas oportunidades? Existe representatividade de diferentes grupos? 

Primeiro, é preciso ter uma noção do cenário geral da empresa para saber o que e como melhorar. Muitas vezes, você pode ter até noção do problema, mas não ter a dimensão real. 

Para completar, também é bom conversar com colaboradores, principalmente os menores grupos, para entender como eles se sentem em relação à representatividade da organização. 

2 – Atenção a equipe de recrutamento da organização

O problema da falta de diversidade da empresa costuma começar durante o próprio processo seletivo. 

Primeiro, alguns critérios na vaga acabam excluindo candidatos menos favorecidos, como o inglês avançado. Se sua organização realmente precisa de determinadas habilidades, tudo bem, mas, diversas vezes, o funcionário dificilmente utilizará a competência e colocar como critério pode eliminar pessoas que não tiveram tantas condições na vida. 

Além disso, infelizmente, o preconceito contra o gênero (em especial, contra a maternidade) pode interferir no recrutamento. Por exemplo, perguntas, como “você tem filhos?”, “pretende ter filhos?” ou “com quem a criança fica enquanto você trabalha”, são direcionadas apenas para mãe. 

Por isso, é essencial fornecer treinamentos e orientações para a equipe de seleção da sua empresa. 

3 – Implemente políticas internas e comissões

Outra ação prática que seu negócio pode tomar é criar políticas internas e comissões que incluam a diversidade como uma pauta. 

As comissões são grupos de afinidade que se reúnem para promover debates e pesquisas sobre pautas sociais, como a desigualdade de gênero, dentro da organização. Essas equipes atuaram junto ao RH para implementar medidas de diversidade na empresa. 

Já as políticas internas envolvem assumir o compromisso com a equidade no negócio com regras, metas e diretrizes bem estabelecidas em relação ao assunto. 

Se uma cultura organizacional não é verdadeiramente inclusiva, essa desigualdade que existe na sociedade tende a se replicar dentro da empresa. Para solucionar esse desafio, uma consultoria de cultura organizacional pode ser uma aliada importante no processo de diminuição da desigualdade de gênero nas corporações.

4 – Flexibilize o formato de trabalho

O modelo de trabalho tradicional pode ser bastante excludente para alguns grupos, mas, em especial, mães. 

Na maioria das vezes, o papel de cuidar dos filhos é unicamente da mulher, que precisa levar e buscar as crianças na escola, levar ao médico, entre outras atividades que a impossibilitam de trabalhar fora caso não tenham algum apoio. 

Portanto, uma alternativa poderia ser um modelo de trabalho mais flexível, como home office ou jornada de 4 dias. Assim, a mãe ainda poderia atender todas as demandas da empresa e cuidar do filho. 

5 – Leve conscientização para os colaboradores

A ignorância é um dos principais fatores para o preconceito. Muitas vezes, nem nos damos conta que estamos sendo preconceituosos. É algo tão inserido na sociedade que, por vezes, naturalizamos. 

Por isso, é essencial levar conscientização para os colaboradores, principalmente em casos de assédio moral ou bullying dentro da organização. 

Leia nosso E-book e entenda profundamente sobre esse tema: Guia da Equidade de Gênero, Clique aqui e mantenha-se atualizado!

Conte com a Santo Caos

Sabemos que existem pessoas e organizações que querem se posicionar de uma maneira diferenciada, mas não sabem por onde começar. 

Se é esse o caso na empresa em que você trabalha e está precisando de apoio para implementar políticas de inclusão junto ao seu RH, entre em contato com a Santo Caos!

Com mais de 120 clientes atendidos em todo o Brasil, dos mais diversos setores, podemos ajudar você encontrar opções e desenvolver soluções efetivas para aumentar a equidade na sua corporação.

Temos uma solução própria para promover mais diversidade no seu negócio, que inclui diagnósticos aprofundados que vão muito além de um censo, linguagem leve que engaja todas as pessoas e muito mais!

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